Na fase do projeto, é comum sentirmos que a futura casa trará uma série de possibilidades novas que tornarão nossas vidas muito mais divertidas, alegres e interessantes. Como este é um período de sonhos, nossa tendência é acreditar que com a casa nova faremos mais festas, receberemos mais amigos, vamos, finalmente, fazer ginástica em casa etc.
Assim nasce uma sucessão de cômodos que vão se somando, para abrigar: o grande salão de festas, que fica vazio 300 dias por ano; o cinema com poltronas superconfortáveis, que fica triste quando apenas uma ou duas pessoas o utiliza; a cozinha gourmet, um sucesso quando os amigos se reuniram e utilizaram nas primeiras semanas, mas depois cada um teve outros compromissos e acabaram desaparecendo; a sala de música para saraus que apenas os primeiros foram organizados; ou a brinquedoteca, que as crianças nem usaram porque estavam grandes quando a casa ficou pronta.
A construção se agiganta com mil cômodos, para mil funções que acaba não acontecendo. Pior, o valor sempre fica mais alto do que o imaginado inicialmente, fora a decoração, que para ser de boa qualidade, acaba estourando o orçamento.
Antes de construir, pense muito, converse bastante, pois a casa deve ser para o encontro de todos os membros da família. Imagine lugares para ver filmes (não cinemas), cozinha aconhegante, que pode inclusive ser no jardim e não necessariamente em cozinhas gourmet, espaços para as crianças brincarem, como um gramado, não obrigatoriamente uma brinquedoteca.
Não se preocupe em ter a maior casa da rua e sim a mais gostosa, a mais charmosa e a mais aconchegante.
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